A poesia iraquiana

Ficou pra trás a cidade intacta.
Posto sob nuvens e fumaça
meu olhar repousa.
E vejo crianças,
as que têm pernas,
correndo nuas sob a ameaça das chamas:
vigilantes indefesas da alma.
Onde diabos há
o abaixo assinado dos reclusos?
Atrás de mim, não o que deixei,
mas o por vir.
Meus olhos buscam sobreviventes,
agonizantes...restos da cidade;
puxaram a tomada da vida,
da infância.
E pagaremos eternamente o preço
de ter existido.
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